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Viktor Bout o mercador da morte (O senhor das armas)

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By Ashley Hayes, CNN - November 17, 2010


Ele é conhecido como o "Mercador da Morte" e o "Senhor da Guerra" - um suposto traficante internacional de armas saído de um romance de espionagem que iludiu as autoridades por anos e inspirou vilões de Hollywood.


Mas, na realidade, de acordo com aqueles que viram ou conheceram Viktor Bout, ele é um homem sombrio, às vezes elegantemente vestido, um negociante de rodas que insistiu que ele é inocente das acusações feitas contra ele.


Bout, um cidadão russo e ex-oficial militar, fala seis línguas "e eu podia vê-lo barganhando em todas as seis ao mesmo tempo", escreveu Jill Dougherty da CNN em 2008, lembrando seu encontro com Bout em 2002 em Moscou, Rússia.


Bout chegou a Nova York na noite de terça-feira depois de ser extraditado da Tailândia. Ele enfrenta acusações nos Estados Unidos de conspirar para matar cidadãos americanos, conspirar para matar oficiais ou funcionários americanos, conspirar para adquirir e usar um míssil antiaéreo e conspirar para fornecer suporte material ou recursos a uma organização terrorista estrangeira designada. Policiais americanos passaram anos perseguindo-o, e o processo de extradição da Tailândia foi árduo para eles.


Bout é acusado de fornecer armas para zonas de guerra em todo o mundo, de Serra Leoa ao Afeganistão. Antes de sua prisão em 2008, agentes da Agência Antidrogas dos EUA lideraram uma operação secreta se passando por membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), disseram as autoridades.

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"Seus primeiros dias são um mistério", disse Douglas Farah, pesquisador sênior do Centro Internacional de Avaliação e Estratégia e coautor de um livro sobre Bout. Farah disse à revista Mother Jones em 2007 que, de acordo com seus múltiplos passaportes, Bout nasceu em 1967 em Dushanbe, no Tadjiquistão, filho de um contador e um mecânico de automóveis.


Um site pró-Bout - Farah disse que o próprio Bout o colocou - diz que ele nasceu em uma "casa e uma família normais" e que seus pais eram funcionários nas "áreas administrativa e contábil".


Mas, disse Farah, alguns relatos indicam que os pais de Bout estavam envolvidos na inteligência. "Sua mãe era supostamente muito importante na KGB", disse Farah, acrescentando que Bout negou isso sistematicamente.


"Ele se formou no Instituto Militar de Línguas Estrangeiras, uma conhecida escola alimentadora da inteligência militar russa, e é conhecido por ter um verdadeiro dom para as línguas", disse Farah a Mother Jones.


Bout disse que trabalhou como oficial militar em Moçambique. Outros disseram que na verdade era Angola - o que faria sentido, já que a Rússia tinha uma grande presença militar lá na época, disse Farah à CNN.


Ele disse que a ascensão de Bout resultou do fim do comunismo e da ascensão do capitalismo no início da década de 1990 no antigo bloco soviético.


"Ele era um oficial soviético, muito provavelmente um tenente, que simplesmente viu as oportunidades apresentadas por três fatores que vieram com o colapso da URSS e o patrocínio estatal que o acarretou: aeronaves abandonadas nas pistas de Moscou a Kiev, incapazes de voar devido à falta de dinheiro para combustível ou manutenção; enormes estoques de armas excedentes que eram guardadas por guardas que recebiam de repente pouco ou nenhum salário; e a demanda crescente por essas armas de clientes soviéticos tradicionais e grupos armados emergentes da África às Filipinas ", Disse Farah à revista.


"Ele simplesmente casou as três coisas, pegando aeronaves por quase nada, enchendo-as de armas compradas a baixo custo dos arsenais e levando-as a clientes que pudessem pagar."


"Ele conhecia o mercado africano", disse Farah na quarta-feira. "Ele estava claramente ciente de quem eram os clientes anteriores [da Rússia]. Acho que ele teve visão e entendeu que o mundo muda muito mais do que a pessoa média do bloco soviético."


Ele ficou conhecido pela primeira vez quando as Nações Unidas começaram a investigá-lo, no início da década de 1990, e os Estados Unidos começaram a se envolver, disse Farah à CNN.


O site de Bout, que soletra seu nome Victor, diz que ele ficou famoso por causa de uma campanha de difamação, "contos e histórias fictícias que foram geradas de uma fonte - um empreiteiro corrupto das Nações Unidas que foi generosamente pago pelos contratos da ONU que conseguiu com a ajuda de outros para as empresas de Victor, e então ficou louco por vingança quando Victor se recusou a continuar pagando a ele. "


O site disse que o caso dos Estados Unidos contra ele é baseado em "mentiras" e informantes pagos.


As tentativas da CNN de entrar em contato com a esposa de Bout não tiveram sucesso na quarta-feira.


Ironicamente, os Estados Unidos também estão entre os clientes de Bout, mesmo que indiretamente, disse Farah na quarta-feira. Bout empresas foram usadas para voar para contratantes do governo no Iraque. A maioria desses voos - estimados em centenas - ocorreu depois que o então presidente George W. Bush assinou uma ordem executiva que tornava ilegal fazer negócios com Bout porque ele representava uma ameaça à segurança dos Estados Unidos


 

O Senhor das Armas


Em “O Senhor das Armas” (Lord of War, 2005), o sofrível Nicolas Cage representa Yuri Orlov, um bem-sucedido traficante internacional de armas. O personagem foi inspirado no ex-oficial aviador, Victor But (ou Victor Bout ou Buttt), nascido em 1967 na antiga URSS.


Acredita-se que But, um subproduto do fim da “Guerra Fria”, aproveitou-se do colapso da União Soviética para iniciar o seu rentável negócio de morte. Sua carreira terminou em 6 de março de 2008, quando foi preso no hotel Sofitel em Bangcoc, na Operação Relentless.

Esta semana (16/nov/2010), contra a vontade da Rússia, a Tailândia autorizou a extradição de But para os Estados Unidos. Seu julgamento ocorrerá em um tribunal federal de Nova York, em Manhattan, onde é acusado pelo United States Attorney’s Office (o MPF norte-americano) de conspiração para a venda de armas para uma organização terrorista.



Viktor Bout era procurado pela Interpol havia anos. Alguns países membros da organização emitiram difusões vermelhas (red notices) para sua captura. Suas viagens internacionais foram restringidas (entrou na travel ban list) e seus bens conhecidos foram bloqueados (foi inserido na asset freeze list) em várias partes do globo, por violação às Resoluções 1343, 1521 e 1532 do Conselho de Segurança da ONU (todas elas válidas no Brasil). Tais sanções foram consequência de seu apoio a Charles Taylor, homem forte da Libéria, e de seu envolvimento na comercialização dos conflict diamonds, os diamantes de sangue”.


No filme “O Senhor das Armas”, Orlov negocia armamentos com Charles Taylor, ex-ditador da Libéria, que atualmente responde por crimes contra a humanidade perante o Tribunal Especial de Serra Leoa. Na vida real, alega-se que But forneceu armas e munição para este e outros tantos warlords em vários continentes, mas principalmente na África. No filme, Orlov é ucraniano e vive em Nova York. Na vida real, But, nascido em Duchambe, na República do Tadjiquistão, não tinha paradeiro; vivia entre Moscou, Bruxelas e Sharjah nos Emirados Árabes Unidos. Tanto na ficção quanto na realidade, Orlov/But transportava suas cargas letais em aviões. Chegou a operar mais de 50 cargueiros.


O Terceiro Protocolo Adicional à Convenção de Palermo de 2001 equipara a atividades de organização criminosa a comercialização de armas de fogo e munições. Trata-se do “Protocolo contra a Fabricação e o Tráfico Ilícito de Armas de Fogo, suas Peças, Componentes e Munições”, que complementa a Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional. O Brasil promulgou-o por meio do Decreto n. 5.941/2006. Porém, este documento regula apenas o tráfico de certas “armas de fogo”, isto é, a “arma portátil com cano que dispare, seja projetada para disparar ou possa ser prontamente transformada para disparar bala ou projétil por meio da ação de um explosivo, excluindo-se armas de fogo antigas ou suas réplicas”.


Segundo a ONG Global Witness, milhares de pessoas morreram em Angola, no Afeganistão, na Bósnia, em Serra Leoa, na Libéria, no Sudão, em Ruanda, na República Democrática do Congo, na Somália, no Líbano, em Sri Lanka, em Uganda e na Colômbia, em decorrência de guerras e golpes sustentados por armas vendidas por Victor But.


A prisão de But deveu-se a uma bem montada sting operation ou operação encoberta (um tipo de ação controlada), que durou cinco meses e foi mantida em segredo mesmo na comunidade de inteligência dos Estados Unidos. Leia aqui (em inglês) o pedido de prisão preventiva de But.


Coube à Drug Enforcement Administration (DEA), polícia antidrogas dos Estados Unidos, preparar e excutar a Operação Relentless, na qual três informantes (confidential sources) fizeram-se passar por interessados em adquirir 100 lança-mísseis terra-ar e outos equipamentos para as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). O negócioseria fechado por US$ 5 milhões, e as armas seriam lançadas sobre o território colombiano, por via aérea, por meio de 200 para-quedas militares, durante um vôo cargueiro que partiria da Nicarágua para a Guiana.


A trama da Relentless foi encenada entre Copenhague, Bucareste e Curaçao, até a prisão de But na Tailândia. Parece um filme com roteiro de John Grisham ou um livro de Robert Ludlum, mas é a realidade. Além da ação controlada, a DEA utilizou outras técnicas especiais de investigação (TEI), como a interceptação de emails e a interceptação telefônica, a escuta ambiental, assim como a vigilância eletrônica e a campana. Nas escutas, as armas eram chamadas de “maquinário agrícola”. Como se vê, o uso de frases cifradas não é invenção de criminosos brasileiros. Neste aspecto, a “criatividade” é universal.


Para a investigação, a implantação das TEI e a prisão de But, a DEA contou com o apoio da Polícia Real da Tailândia, da Polícia de Fronteiras da Romênia, do Ministério Público romeno, da Polícia de Curaçao e da Polícia Nacional da Dinamarca, mais uma prova de que a cooperação penal internacional é indispensável para a persecução de membros de organizações criminosas.


 

"As armas que trafiquei em 1 ano o presidente traficou em um dia" - Viktor Bout


 

E-mail: oincorreto10@hotmail.com


 

A Matrix (o SISTEMA de CONTROLE MENTAL):   “A Matrix é um sistema de controle, NEO. Esse sistema é o nosso inimigo. Mas quando você está dentro dele, olha em volta, e o que você vê? Empresários, professores, advogados, políticos, carpinteiros, sacerdotes, homens e mulheres… As mesmas mentes das pessoas que estamos tentando salvar. 


“Mas até que nós consigamos salvá-los, essas pessoas ainda serão parte desse sistema de controle e isso os transformam em nossos inimigos. Você precisa entender, a maioria dessas pessoas não está preparada para ser desconectada da Matrix de Controle Mental. E muitos deles estão tão habituados, tão desesperadamente dependentes do sistema, que eles vão lutar contra você  para proteger o próprio sistema de controle que aprisiona suas mentes …”

Obrigado!!!




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