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Posted by Thoth3126 on 17/07/2021
“A cidade parece ter sido palco de um ataque aéreo”: Enchentes, deslizamentos, cidades inteiras arrasadas, dezenas de mortos e centenas de desaparecidos. Tragédia no oeste da Alemanha já deixou mais de 100 mortos. Christoph Hasselbach, repórter da DW, mora na região afetada e conta o que viu. As enchentes devastadoras que atingiram diversos países da Europa causaram ao menos 126 mortes e deixaram centenas de desaparecidos, além de sobrecarregarem as equipes de resgate.
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
Europa acumula mais de 120 mortes após fortes chuvas com centenas de desaparecidos
Fonte: Deutsche Welle
“Até a noite de quarta-feira (14/07) choveu sem parar por quase 24 horas em nosso vilarejo na região do Eifel, oeste da Alemanha. Choveu muito. Era como uma tempestade constante, só que sem relâmpagos ou trovões.
Por volta das 17h30, dirijo-me aos correios em Bad Münstereifel. Em uma ladeira no caminho, escorre água pela rua. E penso: vamos ver onde isso vai dar.
Quando retorno, meia hora depois, a água já subiu tanto que hesito por um momento. Com duas rodas, ainda é possível pela calçada. Mas certamente não por muito tempo. Meia hora depois, provavelmente eu não teria chegado em casa.
Chuva sem parar
No momento, estamos cuidando da casa de vizinhos que saíram de férias. De manhã, tudo estava bem no porão. Por volta das 19h, fomos verificar mais uma vez. Tudo estava debaixo d’água até o topo do primeiro degrau da escada. A eletricidade havia caído e a bomba para drenagem não estava funcionando. Um freezer cheio de suprimentos tinha que ser esvaziado.
Pouco depois, uma vizinha diz que o porão dela também estava inundado. Em seguida, outro casal. Nós nos dividimos e esvaziamos vários porões juntos da melhor maneira que pudemos, horas a fio. Eis o espírito de comunidade!
Como se fosse a cena de um ataque aéreo
Um vizinho chega atrasado porque estava ajudando um amigo em um apartamento subterrâneo, que obviamente estava completamente devastado. Ele conta que o caminho de volta para nosso vilarejo estava praticamente fechado. Ele havia tentado todas as rotas de acesso, e apenas uma era transitável, ainda que com dificuldade. Vales inteiros estavam submersos.
Somente no dia seguinte fomos descobrir a extensão da inundação: em Bad Münstereifel, as enormes pontes de pedra sobre o rio Erft haviam sido destruídas. Massas de entulho haviam rolado até o centro histórico da cidade, que agora parece ter sido palco de um ataque aéreo. Chega a ser indescritível!
Telefone, internet e rede celular sem sinal [a força da natureza TAMBÉM derruba TUDO]
Perguntamos como estão as coisas a um amigo, que é dono de uma livraria em uma bela casa de arquitetura enxaimel: “Não há mais loja”, respondeu.
Telefone e internet estão sem sinal. A rede celular só funciona com interrupções. Alguns parentes não têm eletricidade nem água. Todo o vilarejo onde vivem está sendo evacuado pois uma barragem ameaça romper. Decidimos abrigá-los conosco.
Pessoas isoladas do mundo exterior
Um membro mais velho da família passa pela mesma situação. Mas ele está isolado do mundo exterior porque a ponte para sua casa foi destruída. Tentamos descobrir como trazê-lo até nós através de caminhos pela floresta. Ele diz que prefere esperar mais um dia e ver o que acontece.
A última enchente em Bad Münstereifel ocorreu em 2006. Naquela época, o Erft também transbordou de suas margens e inundou o centro da cidade. Diferente, desta vez, é a extensão do fenômeno, os montes de entulho, as pontes destruídas. E todos os povoados vizinhos isolados do mundo exterior. Os danos parecem enormes! E a terrível questão permanece: será que as mudanças climáticas irão nos aprontar mais disso no futuro?”
Quem pode, começou imediatamente com trabalhos de recuperação após o desastre. Uma jovem família de Sinzig, Renânia-Palatinado, tem toda a casa para colocar em ordem. Mas muito depende da política e das seguradoras.
Às 3h00 da madrugada da quinta-feira (15/07), quando o rio Ahr transbordou com força total, Nina e Niklas Aker tiveram apenas segundos para decidir o que queriam salvar de suas vidas antigas. Para a filhinha de seis anos, ainda meio dormindo, a resposta é imediata: três coisas, seus patins, o patinete e o violino.
Pouco depois, a água já está batendo no umbigo do casal. Com a menina nos braços, pegam o cachorrinho e uma bolsa e saem correndo para a casa dos vizinhos, uma rua acima. “Tem um momento de pânico, em que você só diz ‘sai, sai, todo mundo para fora”, comenta Niklas.
Passadas 36 horas, pouco sobrou desse receio pela própria vida: assim como muitos dos 18 mil habitantes de Sinzig, no estado da Renânia-Palatinado, oeste da Alemanha, o pai de família de 39 anos está totalmente ocupado em colocar o mais rápido possível em ordem a casa para onde se mudaram em 2018.
A água chegou a 1,40 metro internamente, agora tudo está cheio de lama, “como no delta do Amazonas”, comenta, com um sorriso. “Ontem, eu ainda achava que a gente ia precisar de dez anos para a arrumação, e hoje já estamos quase a ponto de poder arrancar o contrapiso.”
Pequenos milagres
Porão, com calefação, pneus de inverno e ferramentas: totalmente destruído. Móveis, sofá e armários de vitrine no andar térreo: inutilizados. O adorado piano da vovó saiu boiando até tombar meio de lado. Nesses momentos, Niklas fica feliz com as pequenas coisas que, por uma espécie de milagre, conseguiram resistir.
“Quando entramos novamente na casa pela primeira vez, a roupa passada estava seca e limpa em cima do sofá, porque ele tinha boiado, mas sem tombar. Aí, de mãos lavadas, pudemos levá-la para fora.” Ou os trabalhos de artesanato da filha, que estavam em cima da lareira e ficaram secos.
O carro da família também sobreviveu a enchente: na tarde da quarta-feira, o corpo de bombeiros tocara à porta, pedindo que todos os moradores levassem seus automóveis para o estacionamento do supermercado, mais ao alto. “A gente ainda pensou: será que eles estão malucos? O sol ainda estava brilhando”, recorda o residente. No dia seguinte, o carro do vizinho estava no meio de 40 centímetros de água.
Depois do choque, o ativismo
A um pulo da casa dos Aker, uma tragédia atingiu Sinzig: num lar para portadores de deficiência mental, 12 internos foram surpreendidos no sono pela inundação e não conseguiram se salvar sozinhos. A equipe de resgate chegou tarde demais. O pessoal do lar está totalmente traumatizado com a morte de tantos dos seus tutelados.
Em contraste, teve sorte o vizinho idoso da família, que mora só: “Primeiro, não conseguíamos encontrá-lo ao telefone, aí à noite ele ligou: ‘O que é que houve? Estava na cama e a água me acordou.'” Pouco depois, o serviço nacional de defesa civil THW o salvava resgatando-o de barco.
Nos últimos dias, Niklas Aker quase não dormiu: a paralisia do choque em seguida à enchente deu lugar a um ativismo frenético. Pela manhã, iniciativas privadas já chegavam com garrafas térmicas de chá quente, o THW distribuiu sanduíches, biscoitos e água. Por toda a casa, munidos de botas de borracha e pás na mão, parentes, amigos e colegas ajudam. Um deles é Sarah, natural do lugar.
“Nesses momentos é importante simplesmente estar lá para ajudar os amigos. Isso ajuda, a sensação de que todos se importam.” Ela até convocou estudantes da Jordânia e Geórgia para darem uma mão. Os voluntários arrancam os carpetes, colocam a cozinha mais ou menos em ordem.
A hora dos políticos e das seguradoras
“Vamos ficar, sem dúvida, o andar de cima está habitável”, assegura Niklas. O plano é começar o mais rápido possível com a demolição das paredes internas e a reconstrução. Mas isso pode demorar: “Já antes da cheia, quase não se encontravam pedreiros. E agora, só aqui na nossa rua, eu diria que umas 50 pessoas estão precisando do mesmo tipo de serviços.”
O que vai ser da vida dos Aker e de seus vizinhos em Sinzig depende agora sobretudo das ajudas emergenciais da política e da cobertura pelo seguro. A família, em princípio, tem boas cartas, pois fechou uma apólice contra desastres naturais. E Niklas fotografa minuciosamente todos os danos.
Na vizinhança, porém, já circulam histórias de que as seguradoras vão se esquivar, alegando força maior. Niklas Aker se manifesta: “Meu apelo é que agora não se coloque a burocracia acima dos destinos humanos.”
Apesar de a Alemanha ter sofrido os maiores danos materiais e em perdas de vidas humanas [número que pode aumentar consideravelmente, pois há centenas de desaparecidos], nações como Bélgica, Holanda e Luxemburgo também foram fortemente atingidas. Premiê belga diz que seu país enfrenta as piores enchentes de sua história.
As enchentes devastadoras que atingiram diversos países da Europa causaram ao menos 126 mortes e deixaram centenas de desaparecidos, além de sobrecarregarem as equipes de resgate. Embora as maiores perdas de vidas e danos materiais tenham ocorrido na Alemanha, outros países europeus, como Bélgica, Holanda e Luxemburgo, também enfrentam graves problemas.
A Bélgica lida com as piores enchentes de sua história, segundo afirmou o primeiro-ministro do país, Alexander de Croo, nesta sexta-feira (16/07). Ele declarou a data de 20 de julho como dia de luto nacional.
“Estas são circunstâncias excepcionais, sem precedentes em nosso país”, afirmou. “Ainda aguardamos a contagem final [das vítimas], mas esta deve ser a enchente mais catastrófica que nosso país já viu.”
A ministra do Interior da Bélgica, Annelies Verlinden, informou que o número de mortos aumentou no final desta sexta-feira para 20. Relatos na imprensa belga falavam em 23 vítimas.
Nesta sexta-feira, as águas começaram a retroceder com o fim das chuvas torrenciais. Contudo, milhares de agentes dos serviços de emergência ainda continuavam em atividade. O Exército foi enviado para ajudar nos esforços de resgate e em evacuações em quatro das dez províncias do país.
Dois meses de chuva em dois dias
O governador da região da Valônia, Elio Di Rupo, alertou que a elevação do nível do rio Mosa gerou prejuízos na cidade de Liège, com 200 mil habitantes. A França enviou 40 soldados e um helicóptero para ajudar nos esforços para conter as enchentes.
Na cidade de Maaseik, na fronteira com a Holanda, o rio Mosa se elevou acima de uma barreira e contenção. Várias cidades e vilarejos na região já estão inundadas. Em Pepinster, próximo a Liège, em torno de dez casas foram destruídas total ou parcialmente.
Na Suíça, o nível da água em rios e lagos vem se elevando pelo país. Em Lucerna, o lago que leva o nome da cidade já começou a inundar a região do centro.
Mudanças climáticas
Segundo a Organização Meteorológica Mundial, algumas partes da Europa Ocidental tiveram em dois dias quantidades de chuvas que equivalem a um período de dois meses, sendo que o solo já se encontrava próximo à saturação da absorção de água.
Meteorologistas afirmam que correntes de ar alteradas pelas mudanças climáticas levaram para o continente um acúmulo de água que normalmente permanece sobre o oceano.
Dias depois de a Comissão Europeia revelar planos de tornar a Europa o primeiro continente de impacto neutro sobre o clima, a presidente do Executivo do bloco europeu, Ursula von der Leyen, disse que a escala e a intensidade das enchentes foram uma clara indicação irreversível das mudanças climáticas e reforçam a necessidade urgente de se adotar ações concretas para lidar com o problema. rc (AFP, Reuters).
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{N.T. “Haverá muitas mudanças dramáticas no clima do planeta, muitas mudanças nas condições meteorológicas na medida em que o TEMPO DA GRANDE COLHEITA se aproxima RAPIDAMENTE ao longo dos próximos anos. Vocês vão ver a velocidade do vento em tempestades ultrapassando 300 milhas (480 quilômetros) por hora, às vezes. Deverão acontecer fortes TSUNAMIS e devastação generalizada NAS REGIÕES COSTEIRAS, e uma emissão de energia solar que fará importante fusão e derretimento das calotas de gelo nos polos, e subsequente aumento drástico no nível do mar, deixando muitas áreas metropolitanas submersas em todo o planeta“. FONTE
TODOS OS CRÉDITOS PARA: https://thoth3126.com.br/inundacoes-na-alemanha-natureza-e-caotica-e-destrutiva-alem-da-imaginacao-humana/
Obrigado por tudo Thoth3126!!!
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