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Postado em Politicamente Incorreto por: Dom Pedro II
No ano de 2020, pudemos observar o comportamento de diversos governos ao tratar da pandemia do Coronavírus, principalmente as medidas do governo federal e de governos estaduais. A população se divide em defender medidas de isolamento horizontal ou vertical, lockdown de 2 anos ou liberação imediata do comércio para evitar o agravamento da crise. Nessas discussões, surge a tag “Bolsonaro Genocida” e, no momento que esse texto é escrito, o MBL tenta multar o presidente em 100.000 reais caso ele faça um churrasco, denominado “churrasco da morte”. A primeira coisa a se notar é que sim, os governantes esperam e torcem para que uma grande crise aconteça, pois nela, a população, que em geral não entende o básico de economia, passa a acreditar que o estado deve ser o salvador da economia e da ordem, e concede aos governantes mais poderes, enquanto perde suas liberdades. Isso traz à cabeça o que disse há tempos Benjamin Franklin: “Qualquer sociedade que renuncie um pouco da sua liberdade para ter um pouco mais de segurança, não merece nem uma, nem outra, e acabará por perder ambas.”.
Ao mesmo tempo que grupos reclamam de medidas adotadas por políticos como Dória e Bruno Covas, de bloquear ruas, prolongar a quarentena infinitamente e até usar a força contra quem desrespeitar suas ordens, outros reclamam de outros políticos como Bolsonaro, que tenta retomar o comércio e a circulação de forma mais rápida, além de não seguir muitas das recomendações de segurança ao interagir com fãs.
Bolsonaro é um genocida, e deve responder pela morte dos infectados pelo corona, como sugerem alguns? Abrir o comércio é mandar as pessoas para a morte?
Não. E isso não é uma tentativa de defender Bolsonaro ou qualquer político. Devemos apenas saber, em primeiro lugar, que ninguém pode ser responsabilizado por uma morte na qual não foi o causador direto das condições ou situações que levam ao óbito. Ao permitir que alguém entre em sua piscina, você não pode ser o responsável pelo seu afogamento caso o afogado seja capaz de responder pelos seus atos (o que se denomina “maioridade”, e tem a arbitrária idade para início aos 18 anos).
Mais uma vez, aquele que abre mão da sua liberdade em troca de segurança, não terá nem um, nem outro. Seguindo a linha do direito natural, o ser humano tem seus direitos naturais à vida, liberdade e propriedade. Em sua liberdade, este pode escolher fazer as coisas certas, ou seguir por um caminho errado. Isso também inclui escolher se arriscar por determinado fim, afinal, apenas o próprio ser sabe de suas prioridades, e o que está disposto a perder por elas. Por isso, a própria ideia de uma quarentena obrigatória já é um erro. A população está ciente do risco de se contaminar, de quais são os grupos com a maior mortalidade, de como se prevenir, etc. A única pessoa que pode tomar a decisão de fechar ou não sua loja, deixar ou não de trabalhar e sair ou não na rua é o próprio indivíduo. Se há medo de contrair o vírus ou transmitir para sua família, a solução é tomar por si próprio a atitude de se proteger ao máximo, ou caso não haja confiança nos métodos de prevenção, deixar de trabalhar, tomando para si as consequências de deixar de ser produtivo para sociedade. Essa ideia de cuidar da própria segurança, saúde, família, de ser o responsável pelas suas atitudes e de não poder controlar a vida do próximo com a ajuda da coerção estatal é repudiada desde que o estado passou a tomar para si as responsabilidades que pertenciam antes aos indivíduos e grupos familiares, e gera muitas indagações que procurarei responder a seguir.
“O sistema de saúde irá quebrar”. Sim, temos um sistema de saúde ineficiente e despreparado, e tanto sua ineficiência quanto sua queda na pandemia são culpa do estado. Em primeiro lugar, todo serviço do estado tende a ser ineficiente, porque esse não segue os princípios do mercado: Preço, lucro, administração privada, concorrência. Os administradores do SUS não precisam se preocupar e nem tem como saber se ele está atendendo a demanda da população, pois: Eles não são os donos do SUS, não investiram seu dinheiro lá, e não perderão nada caso ele seja incapaz de cumprir o prometido; eles nem tem como saber se o sistema está funcionando como esperado, pois o lucro é o indicativo que uma empresa atende bem o público, e produz o que este deseja, e o SUS não pode ter lucro ou prejuízo, pois ele é pago antecipadamente pela população através dos impostos; mesmo que eles quisessem, eles não podem saber o que a sociedade demanda mais, pois o preço de um produto ou serviço indica se sua demanda e oferta estão altas ou baixas, e então o empreendedor pode decidir investir naquilo que está mais demandado (com o maior preço), acabando com sua escassez. O sistema único não segue preços por ser regulado e pago compulsoriamente, e então não pode decidir racionalmente onde colocar o dinheiro dos impostos, gerando filas; o SUS não tem incentivo algum para ser eficiente, pois ele não compete no mercado, sendo seu pagamento compulsório. Se você gostou do serviço, você paga. Se você não gostou, você paga da mesma forma, e ainda terá que pagar de novo caso queira um hospital particular. O verdadeiro culpado pela incapacidade de o serviço de saúde não conseguir atender a todos é o estado, que torra o dinheiro que seria usado pelo povo para custear seu tratamento num hospital decente na gigantesca máquina do estado e toda a sua ineficiência. Mas, a conclusão tirada disso jamais poderá ser “Portanto, devemos ficar em casa para não sobrecarregar o sistema de saúde”, afinal, a culpa não pode ser atribuída às vítimas que tem seu dinheiro usado indevidamente. Se há algo a ser pedido nesse caso, é a desestatização da saúde.
“Mas as pessoas são egoístas, e não evitarão a contaminação do próximo”. O ser humano é egoísta, sim, e o seu egoísmo torna as relações interpessoais melhores e mais vantajosas para ambos os lados. Diferente do que é ensinado no jardim de infância, o egoísmo é uma virtude humana: Pensando em si próprio e em vencer, o ser humano procura possuir mais bens para o próprio conforto, e isso só é possível (licitamente) resolvendo o problema das outras pessoas. Um empresário pode nunca conhecer nenhum de seus clientes, não saber o que desejam, quais são seus objetivos, mas ele, simplesmente observando os preços do mercado, sabe que determinado produto é demandado por parte da população, pois seu preço está alto, significando que a demanda está maior que a oferta. Pensando no dinheiro e em suas ambições, este empresário buscará uma forma mais fácil e menos custosa de produzir esta determinada mercadoria, de modo a produzir a maior quantidade com o menor preço. Ele aumentará sua oferta, resolverá o problema de várias pessoas, que não conseguiriam o mesmo produto pelo mesmo preço produzindo por si próprias, e terá assim ajudado a população sem pensar em ninguém além de ele mesmo. O mesmo se aplica ao nosso assunto: Mesmo que os donos das lojas não se importem com nade e ninguém além de seu próprio dinheiro, os clientes não são idiotas. Eles não se exporiam à contaminação simplesmente para comprar uma peça de roupa. Visando não perder dinheiro e clientes, donos de lojas tomam medidas de higiene e segurança para que seus clientes se sintam seguros dentro de sua loja, e os próprios consumidores eliminam lojas que não tomam tais medidas.
“A quarentena é uma medida importante diante tamanha doença, e as pessoas não se conscientizarão sozinhas”. Como eu disse, os indivíduos devem tomar suas próprias decisões sobre os riscos que estão dispostos a correr. Mesmo assumindo que a maioria é composta por imbecis, a conclusão não pode ser que os políticos devem tomar a atitude para supostamente proteger o povo, primeiro porque eles não possuem o direito de fazer escolhas por qualquer um, já que todos temos livre arbítrio até mesmo para cometer erros, e segundo, porque há uma contradição clara nisso: Se um político diz estar proibindo ou obrigando algo porque a população não tem capacidade para pensar por si própria, ele mesmo não poderia fazer isso, afinal, esse político está em tal posição porque foi votado, e a maioria o escolheu. Mas se a maioria não sabe o que faz, esse político estar eleito é o resultado de um erro de pessoas incapazes de fazer a coisa certa, e então ele não pode legislar.
Concluindo, governantes e funcionários do estado tem todos os motivos do mundo para mentir para o povo, pois quanto mais medo de um “inimigo em comum” tem sua população, mais poderes eles adquirirão, mais gastos poderão realizar, mais se perpetuarão no poder. Existem diversos jeitos de mentir usando estatísticas, e pesquisas e dados forjados podem vir a ser declarados Ciência. Não há estudo ou pesquisa científica que não possam ser questionados em seus métodos e sua validade, e discordar de uma pesquisa científica não é “tentar rebater ciência com opinião”.
Autor: Otávio Augusto
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