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As Novas regras do WhatsApp aumentam nossa ‘subserviência’ e trazem riscos

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Posted by Thoth3126 on 12/01/2021


Novas regras do WhatsApp aumentam nossa dependência e ‘subserviência’ e trazem riscos, dizem especialistas: Nos últimos dias os usuários do WhatsApp foram surpreendidos com uma mensagem sobre as novas regras da plataforma. A partir de 8 de fevereiro o aplicativo obrigatoriamente compartilhará uma série de dados de seus usuários com o Facebook, dono do aplicativo de troca de mensagens. O usuário que não concordar com a medida não conseguirá mais usar o WhatsApp.


Edição e imagens:

Novas regras do WhatsApp [Nova “Política de Privacidade”] aumentam nossa ‘subserviência’ e dependência e trazem riscos aos seus usuários

Fonte: Sputnik

A Nova “Política de Privacidade” do WhatsApp, que compartilhará dados com o Facebook, aumenta nossa “dependência” e a nossa “subserviência” para as empresas de tecnologia Big Tech, disse especialista à Sputnik Brasil.


Nos últimos dias os usuários do WhatsApp foram surpreendidos com uma mensagem sobre as novas regras da plataforma. A partir de 8 de fevereiro o aplicativo obrigatoriamente compartilhará uma série de dados de seus usuários com o Facebook, dono do aplicativo de troca de mensagens. O usuário que não concordar com a medida não conseguirá mais usar o WhatsApp.


Alcides Peron, pesquisador da USP e especialista em segurança e tecnologia, diz que essa nova política é esperada.


“Tudo  o estão coletando e pedindo, é basicamente o mercado e o método de ação  desse tipo de empresas. Companhias como Facebook, Google, Apple e  Amazon sobrevivem dessa coleta massiva e comercialização e  direcionamento de dados. O mercado deles é a nossa privacidade. São os  dados da nossa circulação na cidade, das nossas interações on-line, por  exemplo”, afirmou.

‘Grande poder’


De acordo com o Facebook, as novas condições vão permitir o compartilhamento de informações entre o WhatsApp e aplicativos como Instagram e Messenger. As mensagens, segundo a empresa, continuam encriptadas e seu conteúdo não será repassado.

Peron afirma que integração de dados confere um “grande poder” ao Facebook e aumenta nossa “subserviência” e “dependência” dessas empresas.


“Quanto  mais se integra, mais dados é possível retirar do usuário. Cada vez  mais a gente vai delegando nossa autonomia a uma série de empresas  privadas, o que vai ampliando nossa subserviência e dependência desses  sistemas. Uma empresa privada concentrando muitos serviços importantes.  Não vou dizer que uma rede social é essencial, mas o WhatsApp hoje em  dia já é”, disse o especialista. 

Em sua plataforma, o WhatsApp diz que informações serão compartilhadas: número de telefone e outros dados que constem no registro (como o nome); informações sobre o telefone, incluindo marca, modelo e a empresa de telefonia móvel; número de IP, que indica a localização da conexão à Internet; grupos que os usuários fazem parte; qualquer pagamento ou transação financeira realizada por meio do WhatsApp; atualizações de status; tempo de uso ou o momento em que ele está online; foto de perfil, entre outros.


Idec estuda ação legal


“A justificativa da empresa é melhorar a experiência do usuário. Mas como essa experiência vai ser melhorada? Precisamos cobrar transparência sobre como nossos dados são utilizados, para que são utilizados e por quem”, afirmou o especialista.


Após o anúncio das novas regras, o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) sinalizou que estuda medidas judiciais e administrativas para garantir que o WhatsApp permaneça ativo para usuários que não concordarem com a política de privacidade.


Mas as mudanças não vão valer para todos os países do mundo. As exceções são a União Europeia e o Reino Unido. Nicolo Zingales, professor da FGV Direito Rio, explica que na Europa os marcos regulatórios do setor deixam claro que o compartilhamento de dados só pode ser obrigatório quando é fundamental para o funcionamento do serviço, o que não é o caso.


“Há  um risco jurídico para o Facebook, por isso a empresa limitou essa  política de privacidade para jurisdições fora da União Europeia” disse o professor à Sputnik Brasil. 

‘Dados muito íntimos’


Para Zingales, a nova política pode sim ser considerada invasão de privacidade. Ele recorda ainda que o WhatsApp “nasceu como um serviço que pretendia não coletar dados e não produzia publicidade” até ser vendido para o Facebook.


“Vale ressaltar ainda que, para ter autorização para adquirir o WhatsApp, o Facebook tinha dito que seria quase impossível essa integração. Os metadados podem trazer dados muitos íntimos dos usuários e revelar até mais do que o conteúdo das mensagens”, afirmou.


O professor considera ações como a do Idec positivas e diz, em relação ao Brasil, que algum tipo de medida legal poderia ser tomada com base no Marco Legal da Internet e na Lei Geral de Proteção de Dados.


“A lei europeia é mais detalhada, mas isso não exclui que seja possível aplicar no Brasil o mesmo grau de proteção”, avaliou Nicolo Zingales.


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“Parece duvidoso se, de fato, a política de “Botas no rosto” pode continuar indefinidamente. Minha própria convicção é que a oligarquia governante encontrará maneiras menos árduas e perdulárias de governar e de satisfazer sua ânsia de poder, e essas formas serão semelhantes às que descrevi em Admirável Mundo Novo[uma verdadeira profecia publicada em 1932]. Na próxima geração, acredito que os governantes do mundo descobrirão que o condicionamento INFANTIL e a narco-hipnose são mais eficientes, como instrumentos de governo, do que e prisões e campos de concentração, e que o desejo de poder pode ser completamente satisfeito sugerindo às pessoas que amem sua servidão ao invés de açoita-los e chutando-os até à obediência. ” – Carta de Aldous Huxley EM 1949 para George Orwell autor do livro “1984”



Obrigado por tudo Thoth3126!!!


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