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A NASA concluiu que civilização atual ruma para colapso irreversível e inevitável…

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Posted by Thoth3126 on 02/02/2021


Estudo patrocinado pela NASA: Civilização industrial ruma para ‘’colapso irreversível e inevitável”?


Um novo estudo parcialmente patrocinado pelo Goddard Space Flight Center, da NASA, destacou a perspectiva de que a atual civilização industrial global pode entrar em colapso nas próximas décadas devido à exploração insustentável de recursos naturais do planeta e a distribuição de riqueza cada vez mais desigual.



“O processo de  ascensão-e-colapso civilizatório é realmente um ciclo recorrente  encontrado ao longo da história da civilização humana.” 


Tradução, edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch


Os cientistas naturais e sociais desenvolveram novo modelo de como uma “tempestade perfeita” de crises em setores vitais poderiam destruir o sistema global e a civilização atual.


Por Nafeez Ahmed = Fonte: http://www.theguardian.com


Notando que os avisos de ‘colapso’ são muitas vezes vistos como marginais ou polêmicos, o estudo tenta dar sentido a dados históricos convincentes que mostram que “o processo de ascensão-e-colapso civilizatório é realmente um ciclo recorrente encontrado ao longo da história da civilização humana.” Os casos graves de interrupção de uma civilização devido ao colapso “precipitado – muitas vezes com a crise durando séculos – tem sido bastante comum.”


O projeto de pesquisa independente é baseado em um novo modelo de disciplina cruzada “Human And Nature DYnamical’ (HANDY)”, liderado pelo matemático aplicado Safa Motesharrei dos EUA National Science Foundation apoiado pelo National Socio-Environmental Synthesis Center, em associação com uma equipe de cientistas naturais e sociais.


O modelo HANDY foi criado usando uma bolsa menor da NASA, mas o estudo com base no programa da NASA foi conduzido de forma independente. O estudo com base no modelo HANDY foi aceito para publicação na revista de Economia Ecológica Elsevier journal, Ecological Economics.


Ele acha que, segundo o registro histórico, civilizações complexas e mesmo avançadas, são suscetíveis a entrar em colapso, levantando sérias questões sobre a sustentabilidade da atual civilização moderna:


“A queda do Império Romano, e os igualmente avançados (se não mais) impérios Han(China), Mauryan(Índia) e o império Gupta(Índia), assim como tantos impérios mesopotâmicos, são testemunhos do fato de que civilizações criativas, avançadas, sofisticadas, dinâmicas e complexas podem ser tanto frágil como impermanentes. “


Ao investigar a dinâmica da relação humana com a natureza desses casos passados de colapso de grandes civilizações, o projeto identifica os fatores inter-relacionados mais relevantes que explicam o declínio civilizacional, e que podem ajudar a determinar o risco de colapso de nossa civilização hoje, a saber: População, Clima, Água, Agricultura e geração de Energia .


Esses fatores podem levar ao colapso de uma civilização quando eles convergem para gerar duas características sociais cruciais: “o colapso da exploração dos recursos naturais devido à tensão colocada sobre a capacidade de carga ecológica (produção)”; e “a estratificação econômica da sociedade em Elites [os ricos], a classe média e as massas (ou “pobres”). E


Estes fenômenos sociais têm desempenhado “um papel central no caráter ou no processo do colapso de uma civilização”, em todos os casos sobre “os últimos cinco mil anos”, sem exceção.


O Homem “civilizado” procurando soluções para as mazelas criadas pela sua própria OBRA no planeta.

Atualmente, altos níveis de estratificação econômica estão ligados diretamente ao consumo excessivo de recursos, pelas “elites” e a classe média, baseado em grande parte nos países industrializados responsáveis por ambos os fatores:



“… O superávit acumulado não está  distribuído uniformemente por toda a sociedade, mas ele é controlado por  uma elite. A massa da população, no que tange a produção da riqueza, só  é atribuída (e distribuída) uma pequena parte dela pelas elites,  geralmente em um nível mínimo para a subsistência humana”.

O estudo desafia aqueles que argumentam que a tecnologia vai resolver esses desafios, aumentando a eficiência do “sistema”: “A  mudança tecnológica pode aumentar a eficiência da utilização de  recursos, mas também tende a elevar o consumo per capita dos mesmos  recursos e a escala de extração de recursos naturais em matérias primas,  de modo que, o aumento do consumo, muitas vezes acaba com a vantagem do  aumento da eficiência no uso dos recursos.”


O aumento da produtividade na agricultura e na indústria ao longo dos últimos dois séculos mais do que aumentou a exploração de recursos (em vez da diminuição), apesar dos ganhos de eficiência (pelo uso de tecnologia) dramáticas durante o mesmo período.


Um testemunho eloquente de nossa “CIVILIZAÇÃO”.

Modelando uma série de diferentes cenários, Motesharrei e seus colegas concluíram que em condições “que reflete de perto a realidade do mundo de hoje … nós achamos que o colapso de nossa civilização é difícil de ser evitado.” No primeiro destes cenários, a atual civilização:


“…. Parece estar em um caminho sustentável por muito tempo, mas mesmo usando uma taxa de esgotamento ideal a começar com um número muito pequeno de Elites, elas, eventualmente, consumem recursos demais, resultando em um período de fome entre os pobres que, eventualmente, provoca o colapso da sociedade. É importante notar que este tipo de colapso é devido a uma escassez induzida por desigualdade que provoca uma perda de trabalhadores, em vez de um colapso da natureza “.


Outro cenário enfoca o papel da exploração contínua e massiva de recursos naturais, concluindo que “com uma taxa de esgotamento maior, o declínio dos mais pobres ocorre mais rápido, enquanto as Elites ainda estão prosperando, mas eventualmente a massa vai

encontrar em colapso completo, seguido pelas elites.”


Em ambos os cenários, os monopólios de riqueza da Elite significa que eles estão protegidos contra a maioria dos “efeitos prejudiciais do colapso ambiental até muito mais tarde do que os comuns mortais”, o que lhes permite continuar na forma “business as usual” (sem nenhuma mudança), apesar da catástrofe iminente. “O mesmo mecanismo, eles argumentam, poderia explicar como “colapsos históricos foram contemplados a ocorrerem por elites que pareceram estar ignorando a trajetória catastrófica (mais evidente no caso do Império Romano).” Aplicando esta lição para a nossa situação contemporânea, o estudo adverte que:


“Enquanto alguns membros da sociedade podem dar o alarme de que o sistema chamado de “civilização” está se movendo em direção a um colapso espetacular, estrondoso e iminente  e, portanto, defender mudanças estruturais para a sociedade, a fim de  evitar seu colapso, as elites e os seus apoiantes, que são contrários a  fazer essas (ou quaisquer) alterações, poderia apontar para a trajetória  sustentável utilizada a longo prazo ‘até agora’ (“business as usual”) em apoio de não se fazer nada.

No entanto, os cientistas apontam que os piores cenários não são de forma alguma inevitáveis, e sugerem que políticas e mudanças estruturais apropriadas poderiam evitar o colapso, para abrir o caminho rumo a uma civilização mais estável (n.t. Mas os piores cenários já tiveram seus gatilhos acionados e iniciaram processos que são irreversíveis, como as mudanças climáticas que vão ter um IMPACTO PROFUNDO em nossa atual civilização)


As duas soluções são fundamentais para reduzir a desigualdade econômica, de modo a garantir uma distribuição mais justa dos recursos, e para reduzir drasticamente o consumo dos mesmos recursos, baseando-se em materiais renováveis de consumo menos intensivos e reduzir o crescimento (n.t. aqui esta uma impossibilidade de mudança para o ser humano atual, o sexo responsável) da população:


“O colapso poderia ser evitado se o tamanho da população alcançar o equilíbrio com o consumo dos recursos naturais necessários, se a taxa per capita de esgotamento da natureza fosse reduzida a um nível sustentável, e se os recursos fossem distribuídos de forma razoavelmente mais justa.”


O modelo Human And Nature DYnamical‘ (HANDY)” financiado pela NASA oferece um chamado para o “despertar” de alta credibilidade para os governos, empresas e os negócios – e os consumidores – para que se reconheça que o modelo ‘business as usual’ não pode ser mais sustentado, e que as mudanças estruturais e políticas no atual sistema são necessárias imediatamente.


Embora o estudo seja baseado em grande parte teoricamente – uma ‘’experiência de pensamento “- existe uma série de outros estudos mais empiricamente focados – feitos pela KPMG e pelo U.K. Science Government Office (Escritório de Ciência do Governo do Reino Unido), por exemplo – que têm alertado que a convergência de crises envolvendo as áreas de produção de alimentos, água potável e energia poderia criar uma “tempestade perfeita” dentro de cerca de 15 anos. Mas estes previsões “business as usual” ainda poderiam ser muito conservadoras.


Dr Nafeez Ahmed é diretor executivo do Instituto de Pesquisa de Política e Desenvolvimento e autor do Guia do Usuário para a crise da civilização: E como salvá-la entre outros livros. Siga-o no Twitter nafeezahmed. Este artigo foi alterado em 26 de março de 2014 para refletir a natureza do estudo e relacionamento da NASA mais claramente.

 

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